Dia 27, instituído em Lei, busca conscientizar pessoas para essa causa que limita milahres de pessoas no Brasil a seguirem suas vidas
Da Redação com Agência Brasil
Além de ser o mês destinado à prevenção do suicídio, setembro é conhecido também pela campanha de doação de órgãos, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre o tema e a importância de ser um doador. Fruto de uma parceria do Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), junto à Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Sociedade Brasileira de Hepatologia e de outras organizações não governamentais, a iniciativa “Seja Doador de Órgãos e Avise a sua Família” alerta que a família tem a palavra final sobre a doação de órgãos.
A doação de órgãos pode ocorrer de duas formas: com o doador vivo, que concordará com a doação de um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão; ou falecido, diagnosticado com morte encefálica irreversível. O presidente do Ibrafig, o hepatologista Paulo Bittencourt, destacou que, para cada doador, existem oito vidas que podem ser salvas.
Quando as funções básicas para a manutenção da vida param de funcionar, o indivíduo pode ser um potencial doador de córneas, rins, fígado, coração, pulmão, pâncreas, entre outros órgãos e tecidos. E, quando ocorre a morte cerebral, quem decide sobre a doação de órgãos é a família, e é por isso que a campanha se faz necessária.
A distribuição de órgãos é feita pelo critério de gravidade ou por compatibilidade genética (tipo de sangue), possibilitando que seja justo para todos os pacientes em espera. A única faixa de idade priorizada são as crianças e jovens de até 18 anos.
Para ser um doador é necessário ser maior de 18 anos, ter condições adequadas de saúde e ser avaliado previamente por um médico para a realização de exames. Para doar em vida, é possível acessar o site da Aliança Brasileira pela doação de Órgãos e Tecidos (Adote), fazer o cadastro e receber o cartão de doador. É necessário avisar à família, para que após a sua morte os familiares possam autorizar por escrito a retirada dos órgãos.
Dados sobre a fila de espera
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2019, mais de 27 mil transplantes foram realizados no Brasil. O País conta com o maior sistema público de transplantes do mundo, em que 95% dos procedimentos e cirurgias são realizadas com recursos públicos.
Entretanto, esse número diminuiu em 2020 em consequência da pandemia de Covid-19 e, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), cerca de 1.126 pessoas estão na fila de espera por um transplante de fígado e mais de 45 mil aguardam por um transplante dos demais órgãos sólidos. A instituição também alerta sobre o retrocesso dos números, igualando o ano de 2014 nas taxas de doação geral; até 2012, nas de transplante de fígado e coração; até 2011 nos transplantes de pulmão; e 2003 na taxa de transplantes renais.
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